emagrecer, junk food

Com o coração na mão

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Tem uma coisa que é totalmente contrária à religião do Alicismo, e essa coisa se chama RESTAURANTE POR QUILO. Não é nem só o fato de todas as comidas de quilo terem gosto de cartolina ou de certas pessoas (eu) não possuirem autocontrole e colocarem bacalhau e feijoada e maionese e churrasco e lasanha e sushi de kani tudo no mesmo prato. É mais o fato de ter que me levantar para tirar minha própria comida. Sim. Acho isso o fim. Tudo o que quero é chegar num restaurante, me sentar, conversar com meus amigos descolados (como diria aquela hipster cafona da novela) e rir polidamente enquanto sou servida.

A segunda coisa terrível, para mim, é rodízio de pizza. Sim, rodízio de pizza. Porque não basta você estar pagando barato, você ainda tem que ser submetida aos mais estranhos experimentos científicos dispostos em cima de massas redondas que chegam na sua mesa, sem parar. Eventualmente, cobertos de batata palha.

Aí que o namorado, todo feliz, resolveu me levar para comemorar o dia da pizza em um rodízio de 14,90 no Centro de São Paulo. Deixa eu te falar uma coisa sobre 14,90: gente.

A parte boa é que nos divertimos a valer. Vinha pizza de hot dog e a gente comia. Pizza de strogonoff? A gente comia também. Batata frita? Mas batata frita não é pizz-cala a boca e come, amor. Vinha pizza de Sonho de Valsa e Ouro Branco, pizza de prestígio e teve até uma vez que veio uma tímida Marguerita. Mas aí chegou ela. Eu tinha seguido o caminho todo me preparando para este momento: rindo de minhas memórias, quando eu era uma adolescente Dickensiana nas ruas de São Vicente-SP, e, imagine você, naquele tempo eu ia num rodízio em que serviam AQUILO. Será que serviriam AQUILO? Porque se servirem AQUILO vou te amar para sempre só pela piada porque pizza daquele sabor deveria ser considerado crime hediondo, eu dizia para meu namorado, que estava pagando o rolê.

E serviram.

A pizza de coraçãozinho de frango passou, fumegando, pela nossa mesa. Nos entreolhamos, e, solenes, fizemos que sim com a cabeça quando o garçom nos ofereceu.

Comi. Devo dizer que, comendo aquele pout-porri de doenças cardíacas, me senti no ponto mais baixo da minha vida. Deu até vontade de tomar vergonha e começar uma dieta de verdade.

Mas aí tomei Coca Zero e passou.

Achando tudo mó legal,

Alice Desespero*

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emagrecer, errei de novo, junk food, minha história

Salada

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Parei, pensei e não lembro quando foi que comi salada pela última vez. Deve fazer mais de 10 dias. Veja bem, não estou me congratulando com isso. Acho que as pessoas têm que comer salada, é tipo pagar imposto, foi o que aprendi. É ruim, te deixa triste, mas faz parte da vida.

É que hoje, com esse negócio de morar sozinha, quando compro um pacote de alface, ele fica preto e com aquela aguinha nojenta daí 1 semana. Não tenho tempo pra ficar comendo alface, ele exige demais de mim, também. Verdura é tão carente, não é igual carne que você congela e ela fica lá, te esperando, quietinha. Não, não confio em salada.

Não me levem a mal, eu não tenho nada contra quem gosta de salada. Tenho até uns amigos que gostam de salada. E fico aqui sonhando com o dia em que terei a mente mais aberta, quando estarei casada, servindo saladas para meu esposo. Daquelas coloridas, com palmito, bem ricas, mesmo. Sem croutons, que crouton é roubar no jogo. Sem batata palha também, que batata palha é coisa de sanduíche.

Uhm, sanduíche.

Beijos sabor chuchu,

Alice Desespero*

 

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acertei sem querer, emagrecer, junk food, marmita, saúde, tô nem aí

Emagreça comendo de tudo

Porque é assim. Você passa as últimas semanas levando saladinha com grelhado de marmita, se controlando (mais ou menos) na janta e tentando ir na academia quase-sempre-que-consegue-acordar-cedo. Aí vai se pesar e nada. Nada acontece em Alicetown. Tudo igual. O mesmo peso de sempre.

Aí essa semana fiz da jaca a minha pantufa. Teve festa junina no final de semana, nesse e no outro. Além disso, as carnes tinham se acabado do meu freezer e decidi desencanar da marmita somaliana: levei feijão com pão (sim, sou adepta das marmitas exóticas), feijoada e grão de bico. Academia? Com o frio que fez em São Paulo e a semana cansativa que tive com direito a diretor de férias, namorado doente e aulas de reposição da pós, é de dar risada imaginar que vou acordar às 5 da manhã pra cuidar da minha saúde. Não fui nem um diazinho sequer. E de janta? Mc Donald’s, pizza e arroz com feijão.

Aí fui me pesar.

Adivinha.

Emagreci 1 quilo.

Há mais mistérios entre o bacon e a balança do que sonha a nossa vã filosofia, meu amigo.

 

Com amor,

Alice Desespero*

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economia inteligente, fazendo em casa, junk food, receitas

Biscoito de chocolate quentinho com leite branco

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Porque tudo fica mais gostoso escrito, né? Lanche vira sanduíche, bolacha vira biscoito, essas coisas assim. Até fim de semana na pindaíba. Fim de semana na pindaíba fotografado com a câmera Canon que comprei em 6 parcelas pagas até recentemente, não sem muitos xingamentos de “ALICE DO PASSADO, VOCÊ É LOUCA, 300 REAIS POR MÊS É UMA RENDA MENSAL”, essas coisas.

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É que dia desses eu e o namorado, aquela criatura incrível que me acompanha nos perrengues em vez de me jogar no vento depois da quadragésima crise de choro, passamos mais um final de semana econômico. O programa? Sábado foi dia de comer na Liberdade. Porque lá você come coisa gostosa, come fruto do mar, e paga preço de PF. Esses chineses são coisa linda de Deus, nunca vou entender como eles conseguem deixar barato até pato com lagosta na cidade mais cara do planeta. Mas eles conseguem. E eu comi. E foi bom.

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E domingo foi dia de cozinhar em casa. Porque sim, eu adoro cozinhar. Coisa boa! Isso é bom demais pra quem precisa de economizar e não suporta comida por quilo (tenho teorias suficientes sobre quilos para fazer um novo post). Foi dia de fazer uns cookies de chocolate, com ingredientes que eu tinha em casa.

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A receita original não achei muito gostosa, mas imagino que ela vá ficar melhor se for adaptada desta aqui, que é minha favorita. Aí você bota um pouco de cacau em pó e um monte de Confettis, ou M&Ms, dependendo do seu bolso. E pode manter ou não o chocolate picado da receita original, dependendo do tamanho da sua barriga. Aí, meus filhos, é só se jogar na felicidade. Porque economizar na felicidade é coisa de pobretão.

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Dica: fiz com Confetti branco e preto. O Confetti branco, no forno, não derrete e vira uma bola de gordura doce. Coisa horrível, mesmo. A não ser que você queira se aterrorizar com a gordura ingerida e usar os Confettis embolotados como um diminuidor de vontade de comer os cookies (o que é uma técnica bastante válida), use só os de chocolate preto, mesmo.

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economia inteligente, junk food

Alice no rechaud

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Preciso fazer um disclaimer aqui, antes que vocês fiquem lendo e falando que eu sou uma mentira*: eu odeio salada, eu amo comer. Digo, ninguém engorda sete quilos do nada do nada. Ninguém engorda sete quilos do nada sendo a favor de shakes emagrecedores. O único shake que sou a favor começa com Milk e termina com um sorriso de prazer. MAS EU FAÇO ACADEMIA. Mas eu levo de marmita, de segunda a quinta, sempre um grelhado e uma salada. Sofro com a salada, sorrio com a carne e almoço cerca de menos de 200 calorias porque eu sou assim eu sei a quantidade de calorias das coisas. E AMO ACADEMIA (é sério, sou rata de academia desde os 13 anos, a única diferença é que hoje estou mais pra ratazana). 

Isto posto, quero contar o que jantei ontem. Porque ontem foi um dia de escolhas ruins e final feliz. Fui pra casa do namorado assistir a um dos filmes mais bestas que já vi na vida, e de lá nos arrumamos e fomos assistir à Alô Dolly, que está em cartaz lá no Bourbon. E, posso dizer, como fã que sou de musicais (fã nível QUERIA QUE TODOS OS FILMES DO MUNDO FOSSEM MUSICAIS): que montagem ruim, minha gente. A parte boa é que paguei 30 reais, já que sou uma pobre estudante e ontem era quinta feira de preços especiais, então não quis me matar tanto ao ouvir as desafinadas gerais do elenco. Sempre que a Marília Pera cantava mole e zoava o som do teatro (sei não, acho que aquilo é botox demais) eu pensava TRINTA REAIS.

Aí quando o dia acabou decidimos que precisávamos pelo menos comer alguma coisa gostosa, pro dia não acabar com gosto ruim. Porque sou assim, preciso me agradar. Com comida. Paga. Fomos no Outback, e não rolou. Digo, é gostoso e tal, mas me sinto no Berlim Oriental tendo que esperar numa fila de 45 minutos para poder comer. Aí fiquei com vontade de comer carne e saímos decididos: “vamos conhecer a churrascaria gigante que fica perto da sua casa”. Lembre-se: minha verba era zero. Esse negócio de jantar fora já tava errado, mas eu queria me permitir, tinha sido devastada por um musical ruim e um filme terrível. O plano era só  não gastar muito, quarenta reais não é muito (ou é?). Chegando na churrascaria gigante, um dizer gigante dizia: 39,90 o rodízio. Quando íamos entrar, enxergamos as letras miúdas: *exceto em finais de semana e feriados. Que em finais de semana e feriados, o rodízio custa 59,90. Aí você pensa: 20 reais a mais? Será que o boi fica mais gostoso nesses dias ou os garçons são tipo mil vezes mais bem pagos?

É que aqui entra a parte em que eu me orgulho: em outros tempos, eu ficaria ofendidíssima, mas entraria mesmo assim (pô, mó vergonha ir até a porta e voltar atrás). Mas dessa vez, dessa vez fui linda: empinei o nariz e falei OBRIGADA. Com voz de Marília Pera e tudo. Terminamos a noite na Esquina do Fuad, que é coisa linda de Deus. 37 reais por pessoa e uma picanha que é mais gostosa até que a do Juarez (que se lembro bem, da última vez que fui, me saiu uns 60 reais e algumas lágrimas).

Não me arrependo de nada,

Alice Desespero*

*se bem que eu sou uma mentira mesmo, lide com isso.

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junk food, saúde

12 horas sem comer

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Calma, não estou fazendo nenhum desafio maluco de anorexia. Amanhã às 8h tenho exame médico, e 12 horas de jejum fazem parte do preparo. E enquanto fico pensando que esse exame vai detectar que engordei por causa de algum problema hormonal, é óbvio, penso também em qual será minha última refeição. Ora, são 12 horas, é uma vida (considerando que você seja um efemeróptero)! E como eu chegaria em casa 19h30, teria apenas meia hora para preparar e comer o banquete dos deuses que eu merecia. Então lembro-me que na minha geladeira estão rolando salsichas desde sábado. Explico: sábado fiquei cuidando da minha priminha, que chegou em casa e disse TENHO FOME. Logo, pensei: como conquistar a posição de prima mais legal em 10 minutos? Fiz cachorro quente pra ela.

Acontece que fazer cachorro quente e morar sozinha resulta em pacotes de salsicha inteiros tendo que ser consumidos antes que embolorem na geladeira. Fiz o pacote inteiro para a prima. E fiquei com cerca de 10 salsichas para ser consumidas em pouco tempo. Bem, se eu comesse essas salsichas hoje, lá ia eu engordar mais um pouco. Se não comesse essas salsichas hoje, desperdiçaria os preciosos reais que gastei com as malditas embutidas. Resultado: comi. Mas precisava melhorar o gosto das salsichosas (experimente comer salsicha 3 dias seguidos!) e passei na padaria pra comprar pão. E batata palha. NÃO, EU NÃO PRECISAVA DE VOCÊS, BATATAS PALHAS. Mas comprei. Lá se foram 7 reais. Aposto que 7 reais para um efemeróptero valem 1 milhão. Pra mim, valeram algumas pequenas batatas.

Aos perdedores, as batatas.

Atenciosamente,

Alice Desespero*

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